EDUCAÇÃO PARA TODOS É A GARANTIA DE QUALIDADE PARA TODOS?
Partindo do pressuposto que
o princípio fundamental da escola inclusiva é de que todas as crianças
devem aprender juntas, independente das diferenças e dificuldades é
essencial que se deva pensar na forma como essa inclusão deve se dar
para garantir uma educação de qualidade e verdadeiramente inclusiva. O
que vem sendo percebido é que se pensa e busca uma educação para todos,
mas não há políticas públicas para educação que garantam espaços físicos
adequados, a capacitação de profissionais para trabalhar com a
inclusão. Nesse sentido, em muitas instituições a tentativa de garantir
uma educação inclusiva acaba se transformando em uma prática exclusiva.
Por
outro lado a “garantia de educação para todos” vem sendo relacionada à
redução de desigualdades sociais, entretanto acredito que a garantia de
ingresso no espaço escolar por si só não é fator relevante na afirmação
de uma sociedade menos desigual, assim como aumentar o número de anos
letivos não garante uma educação de qualidade.
O
que deve se pensar é que uma educação de qualidade implica
profissionais valorizados e capacitados, espaços físicos adequados, um
currículo que respeite as diversidades de cada comunidade e cada
contexto dentro dela, que valorize a heterogeneidade e as capacidades de
cada aluno. Enquanto a educação for percebida em uma lógica
quantitativa onde o que importam são os números (que na maioria das
vezes não representam a verdadeira aprendizagem) e não o valor do
sujeito como cidadão competente e capaz, nos depararemos com leis
controversas e com aprendizagens insignificantes e excludentes.
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